Por 56 a 19 o Senado acaba de cassar o mandato do Senador Desmóstenes Torres.
Ex-Senador Demóstenes Torres
nome civil: Demóstenes Lazaro Xavier Torres
data de nascimento: 23/01/1961
partido / UF: S/PARTIDO / GO
naturalidade: Anicuns (GO)
endereço parlamentar: Ala Afonso Arinos Gabinete 13
telefones: (61) 3303-2091 a 2099
FAX: (61) 3303-2964
correio eletrônico: demostenes.torres@senador.gov.br
data de nascimento: 23/01/1961
partido / UF: S/PARTIDO / GO
naturalidade: Anicuns (GO)
endereço parlamentar: Ala Afonso Arinos Gabinete 13
telefones: (61) 3303-2091 a 2099
FAX: (61) 3303-2964
correio eletrônico: demostenes.torres@senador.gov.br
- Mandato
- no Senado Federal (Goiás) para a 54a e 55a Legislaturas.
A 54a Legislatura refere-se ao período de 01/02/2011 até 31/01/2015
A 55a Legislatura refere-se ao período de 01/02/2015 até 31/01/2019 - Exercido a partir de 01/02/2011.
- Suplentes
- Primeiro-suplente: Wilder Pedro de Morais
- Segundo-suplente: José Eduardo Fleury Fernandes Costa
Entenda o que aconteceu com senador Demóstenes Torres até sua cassação hoje.
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DE SÃO PAULO
Suspeito de atuar no Congresso em favor do empresário Carlos Augusto
Ramos, o Carlinhos Cachoeira, o senador Demóstenes Torres (sem partido -
GO) chega nesta quarta-feira (11) ao seu dia "D" no Senado.
Ele é alvo de um processo de cassação e corre o risco de perder o mandato por quebra de decoro parlamentar.
Desde a prisão de Cachoeira, em fevereiro, e a divulgação de conversas comprometedoras entre o empresário e o senador, foram quatro meses alternando silêncio e discursos diários no plenário do Senado.
Veja abaixo a cronologia do caso envolvendo Demóstenes:
29.fev - A Polícia Federal prende o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, durante a Operação Monte Carlo, que combateu a exploração de máquinas de caça-níqueis em Goiás. Foram 82 mandados judiciais, sendo 37 mandados de busca e apreensão, além de 35 mandados de prisão e 10 ordens de condução coercitiva em cinco Estados.
3.mar - Grampos da Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo revelam a ligação entre Carlinhos Cachoeira e políticos de Goiás, incluindo o governador Marconi Perillo (PSDB) e o senador Demóstenes Torres (sem partido - GO).
Ele é alvo de um processo de cassação e corre o risco de perder o mandato por quebra de decoro parlamentar.
Desde a prisão de Cachoeira, em fevereiro, e a divulgação de conversas comprometedoras entre o empresário e o senador, foram quatro meses alternando silêncio e discursos diários no plenário do Senado.
Veja abaixo a cronologia do caso envolvendo Demóstenes:
29.fev - A Polícia Federal prende o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, durante a Operação Monte Carlo, que combateu a exploração de máquinas de caça-níqueis em Goiás. Foram 82 mandados judiciais, sendo 37 mandados de busca e apreensão, além de 35 mandados de prisão e 10 ordens de condução coercitiva em cinco Estados.
3.mar - Grampos da Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo revelam a ligação entre Carlinhos Cachoeira e políticos de Goiás, incluindo o governador Marconi Perillo (PSDB) e o senador Demóstenes Torres (sem partido - GO).
Lula Marques - 1.mar.2012/Folhapress | ||
A operação Monte Carlo resultou na prisão de Carlinhos Cachoeira e revelou sua ligações com políticos |
12.mar - O PSOL entrega à corregedoria da Câmara pedido de investigação sobre as relações de parlamentares com Carlinhos Cachoeira.
14.mar - Carlinhos Cachoeira e mais 81 pessoas na mira da Operação Monte Carlo são indiciadas pela Polícia Federal por crimes como corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, contrabando, formação de quadrilha e violação de sigilo profissional, além da contravenção penal de exploração de jogo de azar.
16.mar - Relatório do Ministério Público Federal mostra que Carlinhos Cachoeira entregou telefones habilitados nos Estados Unidos (para supostamente evitar grampos, o que não aconteceu) a políticos, incluindo Demóstenes Torres --que admitiu à Folha ter recebido o aparelho-- e Cláudio Monteiro, chefe de gabinete do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), que negou. O objetivo, segundo o Ministério Público, seria dificultar eventuais investigações.
27.mar - Após a divulgação dos grampos que indicam a ligação com Carlinhos Cachoeira, Demóstenes Torres pede o afastamento da liderança do DEM no Senado.
29.mar - O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski determina, a pedido da Procuradoria Geral da República, a quebra de sigilo bancário de Demóstenes.
Lula Marques - 6.mar.2012/Folhapress | ||
Em discurso no Senado, Demóstenes Torres (DEM-GO) negou ter concedido favores a Carlinhos Cachoeira |
31.mar - A Folha revela gravação em que Carlinhos Cachoeira pediu ajuda a Demóstenes para impedir a convocação do empresário Fernando Cavendish, dono da construtora Delta, para depor numa comissão da Câmara, em maio do ano passado.
1º.abr - A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) pede a renúncia de Demóstenes.
3.abr - Após a ameaça de expulsão do DEM, Demóstenes Torres envia carta à cúpula do partido solicitando a sua desfiliação.
10.abr. - Horas após escolher o senador Antônio Carlos Valadares (PSB-ES) como presidente, o Conselho de Ética do Senado acolhe pedido do PSOL e abre processo contra Demóstenes Torres por quebra de decoro parlamentar.
18.abr - Escutas e relatório do Ministério Público Federal publicados pela Folha mostram que Demóstenes Torres usou o cargo para negociar um projeto de R$ 8 milhões em favor da construtora Delta.
Lula Marques - 19.abr.2012/Folhapress | ||
Sessão do Congresso Nacional que criou a CPI mista, com a deputada Rose de Freitas na presidência |
29.mai - Em depoimento que durou cerca de 5 horas no Conselho de Ética, Demóstenes rebateu as acusações de que teria atuado em favor de Cachoeira e afirmou se sentir traído para o empresário, com quem admitiu relação de amizade.
30.mai - Integrantes da CPI do Cachoeira aprovam, por unanimidade, a quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e do e-mail do senador.
31.mai - Convocado para depor na CPI do Cachoeira, Demóstenes fica em silêncio e é alvo das acusações dos colegas, que batem boca durante a sessão.
Waldemir Barreto - 29.mai.2012/Agência Senado | ||
Conselho de Ética ouviu ontem o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), acusado de quebra de decoro parlamentar por suposto envolvimento com Carlinhos Cachoeira |
25.jun - Por 15 votos a 0, o Conselho de Ética do Senado aprova a cassação do mandato do senador Demóstenes Torres por quebra de decoro parlamentar. Relatório do petista Humberto Costa (PE) apontou "vantagens indevidas" e "irregularidades graves" cometidas pelo ex-líder do DEM.
2.jul - Depois de manter-se em silêncio por mais de um mês sobre as denúncias, Demóstenes promete discursos diários no plenário do Senado para se defender das acusações que vem sofrendo. No primeiro deles, pede desculpas a senadores e se diz inocente.
4.jul - Antes de o processo chegar ao plenário, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou por unanimidade de 22 votos o processo de cassação de Demóstenes. Com a decisão, o processo seguiu para votação no plenário do Senado.
Andre Borges - 9.jul.2012/Folhapress | ||
Senador Demóstenes Torres discursa para um plenário quase vazio |
11.jul - Plenário do Senado vota a cassação do senador Demóstenes Torres (sem partido - GO) por quebra de decoro parlamentar ao manter estreitas relações com Carlinhos Cachoeira. A votação, marcada para às 10h, será secreta.
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